5 razões para implementar Digital Escape Rooms nos seus programas de formação

Consultores Cegos

Toda a gente adora um desafio. E um desafio funciona como um grande motivador em qualquer sessão de formação. De facto, o conceito de gamificação - a utilização de elementos de jogos para envolver os participantes - está intimamente ligado ao mundo da aprendizagem e desenvolvimento (L&D), e muitas organizações de formação adoptam-no agora como uma parte fundamental da sua estratégia.

Um exemplo perfeito de gamificação é o "jogo de fuga". As equipas de participantes são fechadas numa sala e desafiadas a escapar, o que fazem através da procura de pistas e da resolução de puzzles. Encontram-se numa corrida contra o tempo e estão obrigadas a resolver todos os puzzles para terem acesso à saída. Ao longo do percurso, os participantes podem receber certos "poderes" ou pedir ajuda limitada. A equipa que conseguir sair no menor tempo, ganha!

Os Digital Escape Rooms podem ser utilizados em programas de formação presenciais, virtuais ou híbridos. Promover um “jogo de fuga” no início de uma sessão de formação pode ter enormes benefícios, especialmente no que diz respeito ao envolvimento dos formandos.

Mas será que tudo isto é apenas diversão e jogos - ou será que há mais do que isso? Concretamente, como é que um “jogo de fuga” beneficia os formandos num ambiente empresarial?

Envolvimento

Pelo exemplo dos “jogos de fuga” digitais, constata-se que a gamificação pode aumentar o envolvimento até 48%. Escusado será dizer que o elemento diversão desempenha aqui um papel importante. Mas outros, como trabalhar contra o tempo ou em equipa, ajudam a motivar os participantes para a ação. Demasiadas vezes, especialmente na formação virtual, alguns dos participantes mais calados facilmente ficam em segundo plano e menos predispostos a intervir. Quando participam no “jogo de fuga”, espera-se a sua contribuição. De facto, a psicologia de pertença e de não querer ser excluído pode ser um fator de motivação ainda maior. Toda a experiência cria uma atmosfera positiva para a formação que se segue, pelo que funciona como uma ótima atividade para quebrar o gelo. O jogo também permite aos formadores observarem o comportamento dos outros participantes, para que possam ver rapidamente quais são os líderes e quais são os seguidores, o que, com isso em mente, vai facilitar o resto do programa.

Maior retenção

A gamificação funciona porque desencadeia uma reação emocional a partir da libertação de dopamina - o químico que nos faz sentir bem - no nosso cérebro. Isto torna a experiência mais memorável, funcionando bem num contexto de formação em que as pessoas precisam de reter o máximo de informação possível.

Para além disso, os participantes aprendem enquanto estão no “jogo de fuga”. Têm de aplicar capacidades de pensamento crítico, descobrindo o caminho mais rápido para ter sucesso na passagem de um puzzle para outro, e lembrar-se-ão disso quando, no futuro, tiverem de o aplicar a um desafio da vida real.

Concentração e atenção

Pressionados a sair da sala num curto espaço de tempo, os participantes estão muito mais concentrados na tarefa que têm em mãos. O preço a pagar pela demora ou pela conversa fiada tem consequências, sobretudo se não se conseguir escapar a tempo! Tudo isto ajuda a concentrar a mente e aumenta a capacidade de atenção dos participantes. Também atua para lhes dar energia, o que é um fator importante para o início de qualquer sessão de formação. Quanto mais energéticos estiverem os participantes no início de uma sessão de formação, mais provável é que se mantenham empenhados no decorrer da mesma.

Colaboração

Inevitavelmente, um jogo desta natureza promove a colaboração dentro de uma equipa. Mesmo aqueles que tendem a agir como líderes precisam da ajuda de outros e delegarão para resolver o maior número possível de puzzles. Como tal, os “jogos de fuga” funcionam como um excelente exercício de formação de equipas e podem ser utilizados para abordar diferentes tópicos, como as características de um projeto ou a liderança. Também ajudam a desenvolver uma série de outras competências transversais. Por exemplo, os participantes devem comunicar de forma clara e concisa para coordenar a fuga. Isto ajuda os formandos a encontrar novas estratégias para uma comunicação eficaz, que também podem funcionar bem no contexto do trabalho remoto ou híbrido.

Flexibilidade

A atratividade dos “jogos de fuga” vem do facto de poderem ser adaptados a qualquer cenário ou tópico de formação relacionado com a empresa. Pode utilizá-los no início da primeira sessão, que é, de longe, a opção mais comum, ou pode mesmo torná-los numa parte central da formação, com o objetivo de testar competências como a comunicação, a liderança ou o pensamento crítico. Os “jogos de fuga” digitais prontos a utilizar são um complemento económico à sua caixa de ferramentas de formação e também podem ser personalizados, sendo possível acrescentar provas ou puzzles diretamente relacionados com o tema da formação.

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Jogos de fuga em ação

É importante implementar “jogos de fuga” que sejam desafiantes sem serem demasiado difíceis. É necessário acertar no nível de competências, que será influenciado pelos formandos que estão a participar.

Cada jogo deve ser suficientemente desafiante para fazer com que as pessoas se esforcem para conquistar a vitória, mas não tão difícil que os participantes fiquem frustrados com a falta de progresso. Se todos se sentirem infelizes antes de começarem a formação propriamente dita, então o jogo terá o efeito oposto ao pretendido!

Em última análise, os “jogos de fuga” digitais são uma ferramenta de formação invulgar, e muitos formandos serão conquistados por esse facto. Não é o que estão à espera, pelo que ficarão intrigados e mais propensos a aderir à aprendizagem.

Os “jogos de fuga” podem ser divertidos, mas nunca devemos esquecer os sérios benefícios pedagógicos que lhes estão subjacentes.

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