Setor da Indústria Aeroespacial

O que se entende por Indústria Aeroespacial?

A indústria aeroespacial compreende todas as atividades envolvidas na pesquisa, projeção, fabrico e operação de aviões, helicópteros, satélites, foguetões e outros veículos de transporte aéreo e espacial, prevendo a sua aplicação nas áreas comercial, industrial e militar.

Apesar do contexto conturbado, aindústria aeroespacial continua a ser extremamente competitiva a nível global. No caso português, é uma das indústrias que tem vindo a demonstrar mais dinâmica nas últimas décadas, devido aos crescentes investimentos na educação (engenharia aeronáutica e espacial), investigação (sistemas de lançamento, aviões, satélites e outros sistemas) e colaboração alargada entre entidades e parceiros de vários domínios industriais, de pesquisa e engenharia, como é disso exemplo a AED Cluster Portugal, que junta sinergias de mais de 90 entidades a operar nas áreas de Aeronáutica, Espaço e Defesa.

Quais os principais desafios deste setor?

Tal como grande parte da estrutura económica mundial, também a Indústria Aeroespacial, em particular a aviação, foi atingida pela pandemia e os períodos de confinamento – com frotas imobilizados durante meses, redução das deslocações aéreas (muitas substituídas entretanto por reuniões virtuais), destruição de milhares de postos de trabalho e alteração drástica de comportamento por parte dos passageiros, cujo foco está agora (e continuará a estar até 2025, segundo o estudo da Deloitte “2021 Aerospace and Defense Industry Outlook”), nas viagens nacionais e de curta distância.

Numa perspetiva global, a indústria aeroespacial enfrenta outros desafios ao nível de produtividade, eficácia e sustentabilidade. As projeções dos especialistas dão conta da expansão das megacidades (áreas urbanas com mais de 10 milhões de pessoas) de 55 para 93 até 2035, uma evolução que multiplicará a necessidade de mais (e mais sofisticadas) aeronavese veículos menores de voo urbano que exigirão mais satélites espaciais e interconetividade.Para além de procurarmétodos de produção e ferramentas mais inteligentes e eficazes, o setor encontra-se a desenvolverregulação em áreas como a segurança, a mitigação do lixo espacial e a redução das emissões de CO2 em 50% nos próximos 30 anos.

Quais as principais tendências da Indústria Aeroespacial?

No regresso ao “novo normal” a prioridade vai para a gestão das complexidades do mercado, as economias de escala (através de fusões, aquisições, parcerias e joint ventures) e a retoma das viagens com novas experiências de voo e padrões de segurança que aplicam a mais recentes tecnologia (capacetes de rastreio que verificam a temperatura utilizando imagens térmicas infravermelhas; robôs desinfetantes à base de luz ultravioleta em zonas de tráfego intenso; check in sem contacto com tecnologia “happy hover”; novos sistemas de filtragem de ar, etc.).

Outras tendências passam pela investigação e o desenvolvimento de competências nas áreas de processamento de grandes volumes de dados (Big Data); composição de materiais (novos materiais metálicos e não metálicos, ligas avançadas leves, fabricação aditiva, impressão 3D); combustíveis (propulsão e aerodinâmica com recurso a eletricidade e hidrogénio, motores reutilizáveis); navegação e comunicação mais precisa (satélites geostacionários de alta capacidade, nano satélites com conetividade IoT, tecnologia quântica, sensores e instrumentos de observação da Terra com maior resolução e sensibilidade); maior segurança (sistemas de suporte de vida e proteção associados às missões de exploração, mísseis e veículos hipersónicos); e surgimento de novos moldes de turismo espacial comercial.

Conceção e desenvolvimento de conteúdos digitais

No contexto da transformação digital do grupo, a Airbus estabeleceu o objetivo de digitalizar 90% da sua oferta de formação até 2020.

Veja o Case Study aqui