Barómetro CEGOS revela novos protagonistas e dinâmicas de (trans)formação e (re)qualificação

22/11/2021

O grupo CEGOS, observador atento e líder internacional na área de L&D, apresentou os resultados do seu barómetro anual “Transformations, Skills and Learning”, para o qual foram entrevistados 2643 colaboradores e 365 Diretores/Responsáveis de RH de organizações da Europa, Ásia e América Latina.

O estudo deixou claro que a pandemia atuou como catalisador para a mudança – acelerou a necessidade de consolidar competências digitais, sociais e comportamentais; ao mesmo tempo que permitiu um profícuo desenvolvimento da oferta formativa, de onde emergiram novos e multifacetados formatos de aprendizagem à distância facilmente escaláveis e adotados pelos formandos.

Vejamos as 3 principais conclusões deste barómetro:

Apesar da pandemia, organizações e colaboradores continuaram a investir em formação:

  • 93% dos Diretores de RH ajustaram os programas de formação existentes, de forma a possibilitar o desenvolvimento de competências durante o confinamento;
  • Esta adaptação traduziu-se em novos formatos remotos e online (50%), assim como híbridos (48%), em áreas diretamente relacionadas com o impacto da pandemia: trabalhar eficazmente a partir de casa (62%), gerir remotamente equipas (48%) e projetos (47%) e organizar reuniões à distância (44%). As classes virtuais foram o formato digital mais procurado (79%), seguidas pelos módulos de e-learning (59%);
  • Verificámos também que 48% dos colaboradores seguiram os planos formativos traçados pela sua organização, enquanto 52% tomaram a iniciativa de sugerir diferentes percursos de aprendizagem.
 

A atualização de competências é um desafio estratégico para os departamentos de RH:

  • As competências utilizadas em 45% das funções atuais nas organizações correm sérios riscos de se tornar obsoletas dentro de 3 anos, anteveem os Responsáveis de RH, dando como motivos a criação de novos postos de trabalho (57%), o surgimento de novas profissões (55%), o desaparecimento de outras (33%) e a redução do número de colaboradores no ativo (24%).
  • Esta realidade provocou nas organizações uma necessidade premente de ajustar a sua oferta formativa às lacunas de competências verificadas, nomeadamente ao nível de gestão/liderança (33%); soft skills transversais como comunicação digital, colaboração remota, agilidade ou adaptabilidade (28%); e hard skills mais técnicas inerentes à atividade de cada colaborador (19%).
 

Os colaboradores são pragmáticos em relação à mudança e “tomam as rédeas” da sua formação:

  • 64% dos colaboradores e 45% dos Diretores de RH considerarem que o desenvolvimento de competências é uma responsabilidade que deve ser partilhada por empresas e pessoas;
  • 76% dos colaboradores revelam que participariam voluntariamente em ações de formação fora do seu horário de trabalho, e 55% admitem estar dispostos a custear parte da sua formação;
  • Apesar de satisfeitos com a flexibilidade e a possibilidade de personalização das soluções formativas disponíveis, 71% dos colaboradores acreditam que a eficácia destas soluções tem ainda muita margem para melhorar.
 

Com base nestes indicadores, podemos antecipar um futuro onde continuaremos a desbravar novas possibilidades tecnológicas aplicadas à aprendizagem – com mais qualidade no design e na entrega de formatos-chave como as classes virtuais; formadores mais capacitados para conduzir percursos híbridos; soluções de aprendizagem desenhadas à medida das aspirações profissionais de cada colaborador para um maior impacto operacional; e ferramentas de monitorização e avaliação mais objetivas e eficazes que permitam às organizações medir o retorno do investimento e garantir o sucesso e a sustentabilidade dos seus programas de (trans)formação.

Neste futuro auspicioso, nem as organizações abandonarão o seu desejo de continuar a proporcionar novas e audaciosas experiências de aprendizagem, nem os colaboradores perderão a sua vontade de continuar a aprender – pelo contrário, prevemos que sejam cada vez mais exigentes e protagonistas da sua própria jornada de (trans)formação e (re)qualificação para conseguirem adaptar-se rapidamente (e sobreviver!) às mudanças exponenciais em curso.