Diversidade e inclusão no local de trabalho
A RH Magazine dedicou duas páginas ao estudo de âmbito internacional realizado pelo Grupo CEGOS: "Diversidade e inclusão nas organizações: desafios e competências de uma transformação cultural".
A publicação destaca as três grandes conclusões deste estudo que envolveu 4.007 colaboradores e 420 diretores e responsáveis de RH de Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Brasil:
1 - A discriminação continua muito presente no local de trabalho:
As formas de discriminação mais testemunhadas pelos colaboradores portugueses são referentes ao aspeto físico (58%), à idade (50%) e ao nível escolar e estatuto socioeconómico (47%).
2 - A nível global: as políticas de D&I precisam de ser mais amplamente divulgadas:
É alto o grau de conhecimento dos colaboradores sobre os conceitos de diversidade e inclusão (71 e 74 %, respetivamente), mas o número já é bastante mais reduzido se forem questionados sobre o seu próprio papel relativamente a estes fenómenos (apenas 49% se veem como "promotores" da diversidade na sua organização e 11% como seus "defensores ativos").
3 - O mindset das pessoas está preparado: cabe às organizações implementar e avaliar as ações a desenvolver:
Para uma maior inclusão, os colaboradores e os diretores e responsáveis de RH estão sobretudo focados em três alavancas: organização do trabalho, recrutamento e formação.
Numa apreciação geral aos resultados do estudo, Maria João Ceitil, Head of Talent & Innovation na CEGOC, considera que já existe caminho andado, mas ainda um outro tanto por percorrer: "Verificámos que o recrutamento, a sensibilização e a formação são claramente vistos como alavancas para a ação, mas ainda não estão a ser suficientemente exploradas. Do lado dos gestores, estes têm claramente um papel fundamental a desempenhar no desenvolvimento das políticas de D&I, mas é evidente que ainda não estão suficientemente apoiados para o fazer”.
Maria João Ceitil
Head of Talent & Innovation na CEGOC