Porque é que o Upskilling é essencial para colaboradores em regime de trabalho híbrido?
À medida que nos adaptamos a um mundo pós pandemia, e que o que era o Novo Normal já é apenas normal, a forma como trabalhamos e enfrentamos outros desafios - os económicos, os climáticos ou temas associados à diversidade, à equidade, à inclusão e ao compromisso - determinará o nosso sucesso.
Uma das principais mudanças, como resultado direto da pandemia, foi a implementação do trabalho híbrido. Uma grande maioria das pessoas percebeu o valor associado ao facto de poder trabalhar a partir de casa e, hoje em dia, são cada vez menos os que não pretendem continuar a usufruir dessa possibilidade.
É um facto que o trabalho híbrido se está a tornar cada vez mais usual, mas também é um facto que aporta novos desafios e torna evidente a necessidade de implementar mecanismos de Upskilling para capacitar as pessoas para novas abordagens e formas de trabalhar. Quando gestores e colaboradores perceberem como tirar o melhor proveito deste formato continuarão a ser produtivos, se não muito mais, e por isso é essencial que as empresas formem os seus colaboradores para trabalharem de forma eficaz em modelo híbrido, e os benefícios serão inúmeros:
1 - Retenção de talentos
2 - Trabalho e Gestão do Tempo
3 - Liderar uma equipa híbrida
4 - Considerações multiculturais
5 - O Papel do Learning & Development (L&D)
1 - Retenção de talentos
O fenómeno recente “The Great Resignation and The Great Reshuffle” fez com que empregadores se concentrassem mais no bem-estar, sentido de presença e envolvimento dos seus colaboradores. Contudo, este pode ser um desafio muito significativo no modelo híbrido. É essencial que sejam apoiados no desenvolvimento de competências - fator essencial para a atração e retenção de talentos. Desenvolver planos de carreira assentes nas motivações será não só benéfico para o Engagement dos colaboradores como para o cumprimento dos objetivos corporativos. É de salientar, também, que a simples disponibilização da possibilidade de trabalho híbrido pode contribuir para a retenção de talentos, sendo hoje um dos aspetos mais valorizados pelas pssoas.
2 - Trabalho e Gestão do Tempo
A flexibilidade associada ao trabalho remoto é certamente atrativa para muitos colaboradores. Mas a gestão entre trabalho e aspetos da vida pessoal pode ser um desafio para alguns. A formação sobre gestão de tempo é fundamental, uma vez que ajudará a melhorar a produtividade. Dado que o formato híbrido encoraja à mobilidade profissional, a criação de compromissos e laços profissionais já não pode estar associada apenas ao salário. É fundamental que a formação e o desenvolvimento profissional se tornem o seu driver.
3 - Liderar uma equipa híbrida
O estilo de liderança " top-down" está a tornar-se cada vez mais obsoleto. No entanto, a liderança é, aos dias de hoje, cada vez mais desafiante pela necessidade de gerir as dinâmicas tanto presenciais como de colaboração remota.
Para superar estes desafios, os líderes devem aprender a delegar nas suas equipas, para que estas possam ser mais autónomas. Construir confiança e credibilidade é fundamental para uma gestão bem-sucedida no ambiente híbrido.
4 - Considerações multiculturais
Ao gerir ou lidar com colegas, em contexto internacional, é essencial que se comunique eficazmente. Isto significa ter em conta diversos fatores como sejam as sensibilidades culturais, fusos horários, especificidades linguísticas, entre outros.
5 - O Papel do Learning & Development (L&D)
Como verificámos, o upskilling é crucial para alavancar a produtividade no ambiente de trabalho híbrido. Como tal, os gestores de L&D são fundamentais. Têm de construir uma cultura de aprendizagem organizacional, apoiando a aprendizagem e desenvolvimento das equipas híbridas e incorporando. Devem também concentrar-se no desenvolvimento da liderança, juntamente com a saúde mental e o bem-estar.
Podemos concluir que, independentemente do que possa vir a acontecer no futuro, o trabalho híbrido veio para ficar. É por isso essencial o upskill ou o reskill dos colaboradores, de forma a potenciar capacidades que lhes permitam gerir eficazmente as mudanças na forma de trabalhar e, ao mesmo tempo, tirar partido de todos os benefícios do trabalho híbrido - para cada colaborador e, claro, para a organização.
Por Maria João Ceitil, Head of Talent&Innovation da CEGOC e General Manager FranklinCovey PT