Acrescento agora, em jeito de partilha, as distinções que consegui identificar ao longo destes anos de prática e que me têm ajudado a ser mais efetivo na forma como ajudo os meus clientes a elaborarem declarações de objetivos e resultados de coaching.

FERRAMENTAS DE COACHING (3)

 - Resultados e objetivos de coaching -

 

Dando continuidade ao texto anterior, acrescento agora, em jeito de partilha, as distinções que consegui identificar ao longo destes anos de prática e que me têm ajudado a ser mais efetivo na forma como ajudo os meus clientes a elaborarem declarações de objetivos e resultados de coaching:

 

  • Verbos de ação, no presente do singular

Começar a declaração de objetivo com um verbo de ação, no presente do singular.

 

  • 100% na zona de controlo

O objetivo deve ser definido na “zona de controlo ou de influência” do coachee, por outras palavras, a declaração de objetivo deve considerar o poder, pelo menos relativo, que o coachee tenha para levar a cabo a sua realização. Assim, deve referir-se a algo para o qual o coachee tenha o poder e a capacidade para alcançar, de modo independente ou então, a algo que, pela forma como está definido, ajude a delimitar o campo de influência pessoal, do cliente, para a sua concretização.

 

  • “Fazer ou Ser”

Só me parecem existir duas possibilidades quando definimos objetivos e resultados em coaching: ou são “coisas a fazer ou alcançar”, cuja concretização pode ser avaliada, sem margem para dúvidas, com “um sim ou um não” ou são do domínio do “sentir”, considerando a forma como o coachee, subjetivamente, avalia a sua concretização e, neste caso deveremos usar uma escala de 1 a 10, solicitando a percepção do cliente relativamente à sua posição de partida e de chegada. Acrescento ainda que, ao usar estas escalas, tenho dois cuidados em particular; perguntar ao cliente se, no seu passado, já esteve na posição que deseja agora alcançar e, perante “grandes gap’s”, entre as pontuações de partida e de chegada, o de explorar os pontos intermédios para a sua concretização.

 

  • Linguagem orientada para o que quer atingir

Este é um dos aspetos mais subtis desta arte, a declaração de objetivo deve contemplar o que o cliente quer atingir e não o que quer evitar, perder ou o que não quer mais.

 

Estas distinções são fruto das partilhas da comunidade de coaches da ICF com quem tenho tido o prazer de trabalhar, de treinar e de me divertir, em torno da exploração deste tema tão marcante no domínio do coaching profissional.

 

Surge-lhe alguma pergunta ou pensamento com que nos queira desafiar a evoluir neste domínio?

Escrito por

Paulo Martins

Licenciou-se em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho e especializou-se nas áreas de Executive Coaching, Formação em Liderança e Desenvolvimento de Equipas de Trabalho, predominantemente em ambientes corporate, internacionais e multiculturais.Com 50 anos e mais de 20 de carreira, adquiriu experiência de intervenção numa grande diversidade de setores de atividade sobretudo, através de projetos globais, transversais e de longo-prazo. Tendo como missão servir a expressão da grandiosidade dos outros, é muito orientado para a ação e para resultados e gosta de dar a prioridade aos aspectos práticos da vida.Professional Certified Coach (PCC) pela International Coach Federation (ICF), detém diversas certificações internacionais como Mentor Coach, SUN Associate Coach Trainer, Life Purpose, Coaching Intercultural (COF), Experiential Learning Metodologies, Drive Trainer e Situational Leadership Trainer e conta, neste momento, com mais de 10.000 horas de intervenção, realizadas nas suas áreas de especialização.Procurando a prática de uma visão global e unificadora do Ser, as suas orientações metodológicas assentam nas linhas do Coaching Ontológico e nas competências centrais da ICF. Integra equipas de trainers, supervisores e mentores de programas de formação de coaches profissionais, reconhecidos pela ICF com as distinções ACTP , ACSTH e CCE.
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