Acrescento agora, em jeito de partilha, as distinções que consegui identificar ao longo destes anos de prática e que me têm ajudado a ser mais efetivo na forma como ajudo os meus clientes a elaborarem declarações de objetivos e resultados de coaching.
FERRAMENTAS DE COACHING (3)
- Resultados e objetivos de coaching -
Dando continuidade ao texto anterior, acrescento agora, em jeito de partilha, as distinções que consegui identificar ao longo destes anos de prática e que me têm ajudado a ser mais efetivo na forma como ajudo os meus clientes a elaborarem declarações de objetivos e resultados de coaching:
Verbos de ação, no presente do singular
Começar a declaração de objetivo com um verbo de ação, no presente do singular.
100% na zona de controlo
O objetivo deve ser definido na “zona de controlo ou de influência” do coachee, por outras palavras, a declaração de objetivo deve considerar o poder, pelo menos relativo, que o coachee tenha para levar a cabo a sua realização. Assim, deve referir-se a algo para o qual o coachee tenha o poder e a capacidade para alcançar, de modo independente ou então, a algo que, pela forma como está definido, ajude a delimitar o campo de influência pessoal, do cliente, para a sua concretização.
- “Fazer ou Ser”
Só me parecem existir duas possibilidades quando definimos objetivos e resultados em coaching: ou são “coisas a fazer ou alcançar”, cuja concretização pode ser avaliada, sem margem para dúvidas, com “um sim ou um não” ou são do domínio do “sentir”, considerando a forma como o coachee, subjetivamente, avalia a sua concretização e, neste caso deveremos usar uma escala de 1 a 10, solicitando a percepção do cliente relativamente à sua posição de partida e de chegada. Acrescento ainda que, ao usar estas escalas, tenho dois cuidados em particular; perguntar ao cliente se, no seu passado, já esteve na posição que deseja agora alcançar e, perante “grandes gap’s”, entre as pontuações de partida e de chegada, o de explorar os pontos intermédios para a sua concretização.
- Linguagem orientada para o que quer atingir
Este é um dos aspetos mais subtis desta arte, a declaração de objetivo deve contemplar o que o cliente quer atingir e não o que quer evitar, perder ou o que não quer mais.
Estas distinções são fruto das partilhas da comunidade de coaches da ICF com quem tenho tido o prazer de trabalhar, de treinar e de me divertir, em torno da exploração deste tema tão marcante no domínio do coaching profissional.
Surge-lhe alguma pergunta ou pensamento com que nos queira desafiar a evoluir neste domínio?