Qual o perfil de liderança que vemos hoje nas empresas?
Em entrevista à Executive Digest, Arthur Diniz, CEO da Crescimentum, e Ricardo Martins, Diretor Geral da CEGOC, exploraram os novos desafios enfrentados pelos líderes nas organizações – desde a pandemia à digitalização. Estarão os líderes preparados para lidar com estas adversidades? Como vão ser capazes de se adaptar? E quais as ferramentas e competências essenciais a desenvolver hoje e amanhã?
Tendo em conta o cenário geopolítico e a realidade pós-pandémica atual, Arthur Diniz destaca quatro grandes desafios enfrentados pelos líderes: a saúde mental dos colaboradores fortemente deteriorada pelos efeitos da pandemia; as diferentes formas de gestão em contextos de trabalho híbridos ou 100% remotos; o enorme turnover verificado por organizações em todo o mundo, que obriga a formar e desenvolver novos profissionais em tempo recorde; e ainda a capacidade de liderar de forma inclusiva, “aproveitando a diversidade e a singularidade de cada um como uma grande alavanca de resultados e transformação social.”
Ricardo Martins acrescenta um quinto desafio, referindo que “nem todos os líderes estão totalmente preparados para acompanhar a passada exigente da revolução tecnológica em curso, que inclui soluções Cloud, Big Data, IoT, robótica, automação, impressão 3D, blockchain, IA, realidades virtual e aumentada, etc.”
Quando questionado sobre que líderes devemos ter amanhã, o CEO da Crescimentum acredita que o perfil ideal é “um líder empático, que cuida, aprende continuamente e desenvolve a sua equipa para maximizar resultados. Esse líder ideal também é inclusivo e ágil, além de ser transparente e um exemplo de valores e comportamentos.”
Por seu turno, o Diretor Geral da CEGOC destaca 7 qualidades essenciais identificadas no âmbito do programa internacional Leader of the Future: a humildade, que permite ao líder trabalhar sobre si próprio; a recetividade em relação ao mundo exterior; a criatividade, que permite inovar na hora de resolver problemas e apresentar soluções; a ousadia de correr riscos e assumir responsabilidades; a confiança, para tranquilizar e convencer os demais; a integridade, tanto pessoal como em relação aos outros membros da organização e sociedade em geral; e por fim, a resiliência – “tal como os atletas de alta competição, os líderes do futuro devem manter-se mentalmente fortes e utilizar todo o seu potencial para obter o maior êxito possível na sua missão, sem deixar de conservar a sua força e energia através de um esforço constante e regular”, conclui Ricardo Martins.