Responsabilidade Social Corporativa: da boa intenção à estratégia

A importância da RSC no contexto atual
Num cenário marcado por rápidas exigências sociais, ambientais e económicas, a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) deixou de ser vista como um extra para se tornar um pilar essencial da gestão moderna. Mais do que uma tendência, é uma forma de alinhar impacto social, económico e ambiental com a missão e os valores das organizações.
Entre a boa prática e a estratégia
Em Portugal, há empresas que já integram a RSC no seu ADN, investindo em neutralidade carbónica, inclusão social e inovação sustentável. Mas muitas outras ainda encaram este conceito como uma mera obrigação legal ou uma ação de marketing. A ausência de uma estratégia sólida faz com que alguns relatórios de sustentabilidade sejam “mais uma formalidade do que uma verdadeira expressão de compromisso”, sublinha Gonçalo Salis Amaral, Head of People & Culture Consulting da Cegoc.
O papel da liderança e das equipas
Para que a RSC seja verdadeiramente transformadora, é preciso liderança estratégica, capacidade de análise de dados e, sobretudo, empatia e consciência global. Quando os colaboradores participam ativamente nestas iniciativas, a probabilidade de sucesso aumenta: a motivação cresce, reforça-se o sentimento de pertença e cria-se orgulho em fazer parte da organização.
Da teoria à prática
Integrar a RSC em todas as dimensões do negócio implica parcerias com ONGs, investimento em inovação verde e alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A definição de indicadores claros para medir impacto e a transparência na comunicação são igualmente essenciais para que as práticas sejam vistas como autênticas e consistentes.
Uma responsabilidade para o futuro
Apesar dos avanços, alguns sinais internacionais revelam um desinvestimento em RSC por parte de grandes corporações, privilegiando objetivos financeiros de curto prazo. Gonçalo Salis Amaral alerta para o risco de negligenciar o valor estratégico da RSC:

“A Responsabilidade Social Corporativa é muito mais do que uma opção. É um compromisso com o futuro, que requer investimento, liderança e visão.”
Gonçalo de Salis Amaral, Head of People & Culture Consulting da Cegoc