Transparência salarial: um pequeno passo para as organizações, um grande passo para a equidade salarial

A transparência salarial é mais do que uma medida de conformidade – é um fator estratégico para promover equidade, motivação e retenção de talento. No entanto, a desigualdade salarial entre homens e mulheres continua a ser um desafio significativo. De acordo com o Barómetro das Diferenças Remuneratórias, a disparidade salarial em Portugal ainda é de 13,2%, o que equivale a 48 dias de trabalho não remunerado por ano para as mulheres.
No artigo publicado na Forbes, Afonso Pato, Consultor de People & Culture Consulting da Cegoc, analisa o impacto da transparência salarial na criação de ambientes de trabalho mais justos e produtivos, destacando que "a transparência salarial, a ser criada pelas organizações, permite aos colaboradores perceber claramente as regras do jogo em que se encontram, e como podem ganhá-lo."
Da política à prática: como promover a equidade salarial
A equidade salarial não acontece por acaso – exige compromisso, revisão de processos e implementação de boas práticas. Afonso aborda estratégias fundamentais para reduzir o gender pay gap, incluindo:
✅ Modelos de compensação mais justos – garantindo que os salários são definidos com base em critérios objetivos como conhecimentos, complexidade da função e responsabilidade, evitando subjetividade e viés inconsciente.
✅ Revisão da atribuição de profissões – ajustando classificações profissionais para eliminar discrepâncias que possam mascarar desigualdades.
✅ Formação sobre preconceitos inconscientes – sensibilizando as equipas e promovendo uma cultura organizacional mais inclusiva, onde a transparência salarial é um princípio essencial.
Para Afonso Pato, estas práticas não são apenas uma questão de compliance, mas um investimento no futuro das organizações. "Cabe a todo o tecido empresarial conseguir identificar e corrigir preconceitos sistémicos, implementar práticas justas e fomentar culturas inclusivas."
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