Inteligência Emocional: vamos dominá-la!

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach

O conceito de inteligência emocional descreve a capacidade de reconhecer, avaliar e lidar com as emoções – quer de forma individual, quer de forma social. Daniel Goleman caracteriza um individuo emocionalmente inteligente como alguém capaz de identificar as suas emoções com mais facilidade, acrescendo a este facto inúmeras vantagens, tanto no contexto pessoal como profissional.

Conheça as 12 competências que podem ser desenvolvidas para melhorar a inteligência emocional.

Os 12 elementos da inteligência emocional

Existem vários modelos de desenvolvimento da inteligência emocional. Goleman, Boyatzis e McKee chegaram a um modelo que enfatiza um conjunto de habilidades da inteligência emocional que permitem melhorar as características que definem um bom líder.

Este modelo é composto por 4 domínios (macrofatores) que sintetizam 12 competências (fatores) que podem ser desenvolvidas para melhorar a inteligência emocional.

Inteligência Emocional
Compreender e usar o poder das emoções

Estas 12 competências constituem os 12 elementos fundamentais da Inteligência emocional:

Autoconsciência e Autoavaliação (Macrofator I)

Contempla a autoconsciência, a autoconfiança e a autoafirmação. São, portanto, fatores que podem não nascer connosco, mas que podemos desenvolver. Isto implica saber reconhecer as nossas emoções e os impulsos que nos despertam sentimentos positivos e negativos, sendo o ponto de partida para todos os outros elementos – sem saber o que nos suscita determinadas emoções, não é possível aprender a controlá-las posteriormente.

Gestão Pessoal (Domínio II)

Como refere o nome, envolve a gestão e controlo das emoções, a tenacidade e adaptação de comportamentos. Este domínio é fulcral na construção da inteligência emocional, pois é a partir dele que definimos a nossa personalidade, e consequentemente a isso, a forma como somos encarados num ambiente empresarial – alguém capaz de gerir os seus sentimentos torna-se mais apto a encontrar soluções adequadas, inclusive quando confrontado com situações menos confortáveis.

Consciência Social (Domínio III)

Já os elementos que compõem o terceiro domínio são a empatia, a orientação para o cliente e a consciência organizacional. A empatia pressupõe compreender e identificar os impulsos que originam as emoções dos outros; caso esta competência seja desenvolvida, permite perceber de forma objetiva e racional o que motiva ou não os colegas e/ou trabalhadores, permitindo tomar decisões benéficas e de forma altruísta. A orientação para o cliente é o ponto chave do nosso trabalho, pois o objetivo está sempre na sua satisfação, e a consciência organizacional corresponde à definição e cumprimento de normas e valores organizacionais, tornando o ambiente empresarial favorável à interação e à coesão interna.

Gestão das Relações (Domínio IV)

É no quarto e último domínio que estão incluídos os elementos trabalho em equipa, liderança e agente de mudança. Claro está que um bom líder tem que ter a capacidade de dar um feedback sincero (ainda que, por vezes, seja difícil), daí a importância de ter que ser uma inspiração para os colaboradores. Em qualquer organização existe a necessidade de trabalhar em equipa para que os projetos tenham resultados positivos e eficazes, portanto fazê-lo de bom grado será uma mais valia nas relações interpessoais. Fomentar boas relações entre os colaboradores é algo que, muitas vezes, tem que partir de um membro influente no grupo, por isso esteja sempre preparado para ser um agente de mudança junto dos outros. Com uma abordagem pensada e cuidada é possível encaminhar as pessoas nesse sentido, refletindo essa dinâmica nos resultados da organização.

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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