Business Transformation Summit debateu a importância da Aceleração num mundo onde o Digital dita as tendências

12/11/2019

O Business Transformation Summit recebeu mais de 600 pessoas que encheram os armazéns L e XL da Lx Factory, em Lisboa, às quais se juntaram outras centenas de participantes “virtuais” que acompanharam o evento via live streaming.

Inspirado no tema “Acceleration”, o evento deu as boas-vindas aos participantes e a alguns oradores no dia 30 de outubro com uma Business Transformation House Warming Party, que decorreu no rooftop da Lx Factory, entre as 17:30h e as 20:30h. A festa contou com a presença e atuações ao vivo da DJ Sofia Gião e do pianista João Ventura, que proporcionaram aos presentes um fim de dia muito especial que promoveu momentos de descontração, animação e networking.

No dia 31 de outubro, os participantes foram recebidos na Lx Factory com um Opening and Business Acceleration Warm Up Challenge composto por números circenses, performances de acrobacias aéreas e momentos de dança.

Lx Factory: “o lugar onde o passado, o presente, mas também o futuro dos negócios se transforma e reinventa a cada dia.”

Ricardo Martins, Diretor Geral da CEGOC, foi o primeiro a subir ao palco, pouco depois das 9:00h. No seu discurso de abertura, começou por explicar à audiência que a Lx Factory é agora a nova ‘casa’ do Business Transformation Summit, por ser o espaço que melhor representa o conceito da transformação. Nascida em 1846 como Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, esta antiga fábrica onde hoje se aceleram novas e audazes ideias de negócio é para Ricardo Martins a escolha óbvia para estabelecer o Business Transformation Summit nas suas futuras edições, por ser “o lugar onde o passado, o presente, mas também o futuro dos negócios se transforma e reinventa a cada dia”.

“Não precisamos de encontrar uma grande ideia. Basta encontrarmos uma ideia pequena que possa ser tornada grande.”

Às 9:30h, foi a vez de receber no palco Jeremy Gutsche com o tema “Better and Faster - The Proven Path to Unstoppable Ideas”, um dos keynote speakers mais requisitados do momento e autor dos bestsellersBetter and Faster” e “Exploiting Chaos”. Gutsche aprofundou o tema que deu mote ao seu primeiro livro e explicou à audiência como podemos aproveitar esta “era das oportunidades” que vivemos atualmente através de algumas das técnicas utilizadas para acelerar a estratégia de inovação e os resultados de empresas tão globais e disruptivas como Netflix, Starbucks, Intel, Victoria Secret, IBM ou Red Bull.

Conhecido pela sua irreverência, energia e dinamismo em palco, Jeremy Gutsche revelou que enquanto criança possuía até um ‘caderno vermelho de invenções’ onde tomava nota das suas ideias de negócio. Embora tenha perdido o caderno aos 10 anos de idade, Jeremy ‘recuperou’ mais tarde a ideia do seu caderno de invenções para aquele que é hoje o Observatório de tendências Nº 1 do mundo – a TrendHunter.com, uma plataforma que nasceu em 2005 (antes do surgimento do Youtube ou do Facebook) e onde milhares de pessoas insaciavelmente curiosas partilham as suas ideias e testam a aceitação e a atratividade de cada uma das ideias junto de milhares, em alguns casos, centenas de milhares de pessoas conhecidas como ‘caçadores’ de tendências.

Jeremy acabou o seu keynote speech dizendo que assistimos à melhor época para ser criativos e para acelerarmos ideias. “Cada um de nós tem de pensar no seu papel e no papel da sua equipa, tem de aprender a dizer SIM em vez do confortável NÃO. Tem de canalizar os instintos de caçador - ser curioso, insaciável e com vontade de destruir… tem de ser revolucionário”.

Entre as 11:15h e as 12:30h, decorreram em simultâneo quatro Acceleration Workshops – dois dos quais no mesmo auditório, e em simultâneo, uma experiência inovadora e verdadeiramente ‘Beyond Knowledge’ que juntou Jack Korsten e Gary T. Judd no mesmo palco.

Jack Korsten, especialista em estratégia e aceleração de negócios e autor do bestseller “De Groeispiraal”, discorreu sobre “Business Strategy and Growth Acceleration” no seu Acceleration Workshop, onde os participantes aprenderam a importância de explorar o imperativo do crescimento acelerado para cada negócio e de desenvolver a sua própria Espiral de Crescimento, através de 8 passos fáceis e práticos de implementar para construírem a sua própria Organização 7 Estrelas – “uma organização atrativa, que cresce rapidamente, que é bem-sucedida e desenhada à prova do futuro”, referiu Jack, que já trabalhou em mais de 25 países junto de empresas como L’Oreal, WWF, Endemol ou Fidelidade.

Gary T. Judd, Practice Leader na FranklinCovey e especialista global no desenvolvimento de culturas movidas pela Velocidade da Confiança, liderou o Acceleration Workshop “The SPEED of TRUST: The One Thing That Changes Everything”. “A confiança é a nova moeda de troca do mundo moderno, cada vez mais conectado, interdependente e colaborativo”, referiu Gary, acrescentando que “quando há muita confiança, a comunicação, a criatividade e o envolvimento melhoram. A produtividade aumenta e os custos diminuem, tendo em conta que a atenção é redirecionada para os objetivos e não para os medos e a frustração.”

Sophie Devonshire, autora do bestseller “Superfast: Lead at Speed” e especialista em aceleração de negócios, explorou no seu Acceleration Workshop o tema “Superfast: How to Set the Pace and Lead in a World of Speed”. Sophie debateu a importância de cada empresa desenvolver o seu próprio ritmo para sobreviver e prosperar neste mundo movido a alta velocidade. “O mundo está a mudar rapidamente e os negócios estão a acelerar a um ritmo exponencial. À medida que a tecnologia impulsiona a disrupção e a expectativa de que tudo precisa ser mais rápido, surgem mais oportunidades... e também mais pressão sobre todos nós”, revelou Sophie, que já trabalhou com inúmeras startups e empresas globais, incluindo a Farfetch, Procter & Gamble, Interbrand, Leo Brunett e Coca-Cola.

Maria João Ceitil, HR Consulting Coordinator na CEGOC, e Bruno Horta Soares, Leading Executive Advisor na IDC Portugal, lideraram em conjunto o Acceleration Workshop “How Agile is your HR?”.​

Bruno Horta Soares começou por explicar como a terceira plataforma digital e os aceleradores de inovação estão a mudar fundamentalmente o conceito de trabalho e a forma como ele é feito. Por seu turno, Maria João Ceitil, partilhou com os presentes que “no mundo acelerado e cada vez mais exigente que vivemos, a agilidade torna-se cada vez mais uma competência não apenas necessária, como absolutamente crítica para a sobrevivência das organizações e para o sucesso individual”. Seguira-me vários exercícios em equipa, nos quais foi possível os participantes explorarem os 4 valores do Manifesto Agile (Transparência, Adaptabilidade, Simplicidade e União) e responderem a desafios concretos em forma de “Sprints” ao nível de Gestão de Performance, Recrutamento, Carreira, Formação e Desenvolvimento.

Depois de um almoço leve e saudável e de um momento de Re-Opening and Business Acceleration Energising Challenge, que incluiu acrobacias aéreas verticais e equilibrismo numa estrutura em forma de cubo, em alusão ao logotipo da CEGOC, foi tempo de receber Zoltan Istvan em palco.

“Acredite no futuro. Mas mais importante do que isso, nunca o subestime.”

Entre as 14:00h e as 15:15h, decorreu o keynote speech “Superhuman - How Converging Transhumanist Technologies will Change everything”, através do qual o transumanista Zoltan Istvan antecipou como é que o ser humano poderá evoluir nas próximas décadas, com recurso a inovações científicas e tecnológicas que prometem “fintar” a morte e elevar a condição humana para uma dimensão “super-humana”.

O antigo jornalista do National Geographic Channel referiu que o transumanismo tem como objetivo Nº1 combater as doenças, o sofrimento, a velhice e a própria morte. Como? Através de “uma revolução no campo da medicina” onde seja possível substituir roboticamente membros amputados (cyborgs), reprogramar o código do ADN através de edição genética, preservar o corpo humano através do processo criónico, utilizar fatos com tecnologia exoesquelética ou trocar o coração por uma máquina – dado que as doenças cardíacas são a causa de morte Nº 1 no mundo e custam ao governo norte americano “cerca de 3,4 mil milhões de dólares que poderiam ser poupados com um coração artificial”.

Também o mind uploading e a capacidade de controlar dispositivos e máquinas através do cérebro pode ser uma realidade muito próxima, acrescentou Zoltan, citando o exemplo de empresas como a Neuralink (fundada por Elon Musk), que pretende criar um género de sistema de download e upload de pensamentos entre o cérebro humano e um computador, capaz de no futuro nos permitir realizar todas as funções que um telemóvel faz hoje em dia apenas com a mente.

A encerrar o Business Transformation Summit de 2019, todos os presentes foram convidados para uma Business Transformation Summ…set Party, onde a informalidade e o netwoking deram o mote para momentos de diversão e aceleração, novamente proporcionados pela DJ Sofia Gião.