Transparência Salarial: Uma oportunidade de reforço cultural e reputacional

7 de maio de 2025

Um novo marco na equidade remuneratória

A nova Diretiva Europeia da Transparência Salarial, a transpor para a legislação nacional em 2026, representa um marco significativo na promoção da equidade remuneratória no espaço europeu. Mais do que uma obrigação legal, esta diretiva visa garantir que, para trabalho igual ou de valor igual, os colaboradores recebam remunerações equivalentes, reforçando o princípio da igualdade salarial no local de trabalho.

O que muda para as organizações?

Para as organizações de média e grande dimensão, esta legislação implica assegurar a implementação de políticas de remuneração claras, baseadas em critérios objetivos e neutros em termos de género, etnia, crença ou outro critério que não esteja relacionado com as características, exigências e impacto da função em causa. As empresas serão obrigadas a divulgar faixas salariais nos anúncios de emprego e a fornecer dados sobre remunerações médias por género e função, quando solicitados pelos colaboradores.

Uma oportunidade estratégica, não apenas legal

No entanto, esta diretiva não deve ser vista apenas como uma obrigação legal, mas como uma oportunidade estratégica para as empresas reforçarem valores e traços culturais altamente valorizados, como sejam a meritocracia e a justiça interna, melhorando o clima organizacional e a confiança dos colaboradores, com impactos positivos ao nível reputacional e da marca como empregadora, assim como na sua capacidade de atrair e mobilizar talento.

Liderança preparada para a mudança

Contudo, o garante de uma efetiva implementação destas regras, princípios e políticas requer um esforço consciente das lideranças, no sentido de realizar análises internas de equidade, revisões de políticas salariais e garantir que os critérios de progressão na carreira são claros e acessíveis a todos, o que nem sempre acontece. A preparação das lideranças e organizações sobre estas novas exigências é fundamental para uma transição eficaz e harmoniosa.

Conclusão: está a sua organização preparada?

Em suma, a Diretiva Europeia da Transparência Salarial oferece às organizações a oportunidade de se posicionarem como líderes na promoção da transparência, igualdade e meritocracia. Ao abraçar esta mudança, as empresas não só cumprem uma obrigação legal, mas também fortalecem a sua cultura organizacional e competitividade no mercado.

A sua organização está preparada para este desafio?

A Cegoc pode apoiar a sua empresa na implementação de políticas de remuneração mais transparentes, equitativas e alinhadas com a nova diretiva.

Escrito por

Gonçalo De Salis Amaral

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISG. Atualmente é Head of People & Culture Consulting na Cegoc.

Anteriormente, desenvolveu atividade na área da Consultoria de Gestão e Estratégica na Accenture (21 anos) em Portugal, Espanha, Itália, Angola, Moçambique e mais recentemente nos EUA, de onde regressou há cerca 2,5 anos.

Ao longo dos últimos 11 anos, teve oportunidade de liderar e desenvolver vários projetos transformacionais, de Gestão Integrada de Talento e Desenvolvimento do mesmo, em organizações de diversas dimensões, como: Cushman & Wakefield, Chicago Mercantile Exchange, Sonangol EP, EDP, Instituto Nacional de Segurança Social de Angola, SONAE, Comissão do Mercado de Capitais, Sociedade Mineira de Catoca, Jerónimo Martins, Sumol+Compal, Lidl, Somincor e Cerealis.

Os projetos desenvolvidos estão associados a empresas de várias áreas de negócio, nomeadamente Banca e Seguros, Educação, Energia & Utilities, Grande Consumo, Indústria, Telecomunicações e Sector Público.

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