Formação: investir em pessoas é ser socialmente responsável

26 de setembro de 2025
Escrito por Catarina Alves

Nos últimos anos, a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) consolidou-se como um elemento estratégico de negócios. As organizações são cada vez desafiadas a alinhar as suas práticas ao desenvolvimento sustentável, à ética e ao impacto positivo na sociedade.

Um dos pilares relevantes nas organizações socialmente responsáveis é a formação dos colaboradores, considerado em diversas normas, ferramentas e relatórios de responsabilidade social, sobretudo quando está ligada ao desenvolvimento humano, empregabilidade, diversidade e bem-estar no trabalho.

Eis alguns exemplos:

1. ISO 26000 (Diretrizes sobre Responsabilidade Social)

  • Não é certificável, mas orienta práticas de responsabilidade social.
  • Valoriza a formação e desenvolvimento de competências como parte da dimensão de práticas laborais.
  • Recomenda que as organizações invistam no crescimento profissional e pessoal dos trabalhadores.

2. SA8000 (Social Accountability)

  • É uma norma certificável focada em condições de trabalho.
  • Embora o foco maior seja em direitos laborais, segurança, liberdade de associação, etc., também incentiva programas de formação para promover a saúde, segurança e o desenvolvimento profissional.

3. GRI Standards (Global Reporting Initiative)

  • Bastante utilizados em relatórios de sustentabilidade.
  • O GRI 404 – Formação e Educação aborda diretamente:
    • Número médio de horas de formação por colaborador.
    • Programas de desenvolvimento de competências.
    • Apoio a transições de carreira.

4. Normas ESG / Relatórios de Sustentabilidade

  • Muitos indicadores de ESG (Environmental, Social and Governance) incluem métricas sobre formação e desenvolvimento de talentos como parte da dimensão S (Social).

5. Ecovadis

  • Fornecedor global de avaliações de sustentabilidade para empresas, com o objetivo de avaliar e melhorar o desempenho ESG (ambiental, social e de governança).
  • Inclui no âmbito do Trabalho e Direitos Humanos a avaliação das práticas de formação da organização.

Conclusão:

Falar de responsabilidade social não é apenas falar de ambiente ou de filantropia. É também pensar no desenvolvimento das pessoas dentro das empresas.

Quando uma organização investe em formação, está a dar aos colaboradores a oportunidade de crescer, aprender e sentir-se valorizados.

Mas o impacto vai além das paredes da organização: colaboradores mais conscientes levam esse conhecimento para a comunidade, tornando-se agentes de mudança positiva.

Promover formação é uma prática de responsabilidade social que cria valor duradouro para as pessoas, para as organizações e para a sociedade.

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Escrito por

Catarina Alves

Licenciada em Gestão pela Universidade Internacional, a Catarina tem desenvolvido desde 1998 o seu percurso na Cegoc, onde desempenhou diversas funções ligadas à Qualidade, Ambiente e Segurança, assumindo também a coordenação da Equipa de Backoffice.

Com mais de 25 anos de experiência, tem consolidado a sua atuação enquanto Gestora da Qualidade e Consultora/Formadora, destacando-se pela conceção, implementação e monitorização de Sistemas de Gestão (ISO 9001), pela realização de auditorias internas (ISO 19011) e pelo apoio na certificação de entidades formadoras (DGERT).

Ao longo da sua carreira, tem colaborado com organizações de diferentes setores, desde energia, banca e indústria até saúde, serviços e telecomunicações, sempre com foco na melhoria contínua, na eficiência dos processos e no reforço da qualidade organizacional.

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