Como vão os novos líderes mudar o mundo?

Catarina CorreiaHead of Marketing & Communication na CEGOC

    A revista Pessoas celebrou o seu 2º aniversário com a conferência online"Trabalho, esse lugar estranho", que abordou as profundas transformações no mundo de trabalho (e na forma como trabalhamos) decorridas após o surto pandémico de 2020.

    Durante a manhã de 30 de março, vários especialistas, líderes e gestores exploraram os principais desafios e oportunidades trazidos pelo último ano ao nível da gestão de pessoas e das práticas de liderança – entre eles, Ana Tereza Maçarico, Huthwaite International Project Manager for Portugal Associated with CEGOC, que integrou o painel “As skills dos novos líderes: quem são, de que maneira a pandemia os mudou e como eles vão mudar o mundo e as empresas?”.

     

     

    Ao longo de várias intervenções, Ana Tereza Maçarico partilhou as seguintes ideias-chave:

    • A nova realidade gerou novas rotinas, necessidades e competências: Nos primeiros meses de pandemia as pessoas ficaram em stand by, achando que tudo iria voltar ao normal. Mas a partir do momento em que todos percebemos que esta situação não seria passageira, surgiu uma “avalanche” de necessidades e de procura por novas competências digitais, de comunicação em ambiente digital, de formação, liderança e vendas – porque é este o core das empresas. Também os próprios clientes começaram a assimilar novas rotinas, compreendendo agora, por exemplo, que não se façam 4h de viagem (como antes) para comparecer a uma reunião de 1h que afinal pode ser virtual.
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    • Em teletrabalho observámos dois mundos de liderança paralelos: Por um lado, assistimos a um aumento de controlo causado pelo teletrabalho e a realidade não presencial – e aqui falamos de abordagens de liderança muito tradicionais, que geraram colaboradores muito cansados e advieram de organizações com falta de definição de objetivos, de propósito e de empowerment. Por outro lado, houve líderes e gestores que conseguiram entender que uma postura controladora ía funcionar no virtual, permitindo que as suas pessoas trabalhassem com mais autonomia, propósito claro e uma energia e alegria acrescidas.

     

    • Os tempos voláteis que vivemos não aconselham decisões definitivas: A incerteza e ambiguidade do contexto que atravessamos leva a que não saibamos comovai ser a realidade daqui a um ou dois anos. Daí que decisões muito arrojadas como “Vamos acabar com o escritório” ou “Ninguém vai para casa e fica tudo no escritório” sejam perigosas. Esta não é uma boa altura para decisões extremas e estanques, é antes altura de agarrar tudo o que vem com otimismo e de aprender muito.

     

    • A mudança é inevitável e a aprendizagem intencional é a chave para nos adaptarmos a ela: Chegou a altura de deixarmos de olhar para o novo, porque o novo já é uma realidade. Agora o que importa é pensarmos na adaptação à mudança, com resiliência, abertura, aprendizagem. É nisto que as empresas, sobretudo as mais conservadoras, têm de pensar – o que vão fazer daqui a 5 anos quando olharem para trás e verificarem que não passaram pelo processo de transformação necessário para sobreviver e vencer no futuro.

     

    • A compaixão como competência crítica de liderança: Para além de uma forte empatia,a pandemia fez crescer em muitos líderes um forte sentimento de compaixão pelo outro – não no sentido de “ter pena de”, mas no seu verdadeiro sentido etimológico “ter paixão por”. Passámos a preocupar-nos mais pelos colaboradores com filhos em casa, com os que cuidam dos pais, com quem teve familiares com COVID… Atingimos níveis de compaixão genuínos que não se verificavam antes e isso veio inclusivamente dar um novo significado ao que verdadeiramente significa ser líder.

     

    Não conseguiu assistir à conferência "Trabalho, esse lugar estranho"? Quer rever algum debate específico?A gravação do evento está disponível no Facebook do Eco aqui

    Escrito por

    Catarina Correia

    Licenciada em Design de Equipamento pela Universidade de Lisboa e com uma Pós-Graduação em Marketing Management, no IPAM. Experiência como Responsável de Marketing e Comunicação, de várias empresas de formação, onde fazia a gestão do Departamento de Marketing e Comunicação, a implementação de várias ações de marketing e desenvolvia o mercado Nacional e Palop’s, através da promoção de contactos estratégicos, criando e desenvolvendo produtos fulcrais na expansão da empresa, em diferentes modelos de participação.Neste momento sou Head of Marketing & Communication da CEGOC, tenho mais de onze anos de experiência em Vendas & Marketing e Marketing online.Considero-me uma entusiasta de marketing digital, e especialista em social media marketing, gestão comunitária e geração de leads.
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