Não interessa se vai falar para 10 ou para 200 pessoas, o nervosismo é natural e o melhor é optar por soluções que lhe transmitam conforto, segurança e confiança. Afinal, todos os olhos vão estar postos em si e vai querer transmitir uma imagem positiva, profissional e credível.Vejamos alguns aspetos essenciais a ter em conta quando falar em público.

 

 

"Para saber falar é preciso saber escutar".

Plutarco

 

Não interessa se vai falar para 10 ou para 200 pessoas, o nervosismo é natural e o melhor é optar por soluções que lhe transmitam conforto, segurança e confiança. Afinal, todos os olhos vão estar postos em si e vai querer transmitir uma imagem positiva, profissional e credível. Comunicar de forma eficaz passou a ser um dos requisitos básicos para quem anseia por uma promoção, pretende ganhar pontos numa entrevista, vender um produto ou apenas manter o emprego atual.

 

Falar em público: aspetos importantes

Vejamos alguns aspetos essenciais quando falar em público:

  1. A Importância da Imagem

Vários estudos demonstram que, da informação transmitida ao cérebro nas apresentações de natureza visual, 83% chega através da visão, 11% através da audição e 6% através de outros sentidos. Por isso, é importante recorrer a apoios visuais, como uma apresentação em PowerPoint ou Prezi, imagens, tabelas, gráficos e vídeos. Além de ajudar a ter presentes os pontos e as mensagens chave a passar durante a apresentação, vai contribuir para que a plateia consiga reter os aspetos mais importantes.

 

  1. A Linguagem Não Verbal
  • Tenha atenção à sua postura. De preferência, deve manter os pés bem assentes no chão, as costas direitas e os braços descontraídos, quando está de pé.
  • Evite" cruzar os braços, pois é uma posição defensiva.
  • Deve sorrir para criar empatia com a audiência, a não ser que vá transmitir notícias negativas, como é o caso de medidas de austeridade ou de quebras nos resultados financeiros. Neste caso, deve manter uma expressão mais "neutra" em vez de um ar entusiasta e alegre.
  • Aproveite para fazer inflexões de voz, sobretudo nos pontos que pretende reforçar, pois um tom monocórdico adormece a plateia.
  • Estabeleça também contacto visual com a plateia, cruzando o olhar com as pessoas que o estão a observar (o chamado olhar farol), pois aumenta a confiança, a atenção e faz com que se sintam envolvidos. Contudo, evite olhar fixamente para uma pessoa, pois pode causar desconforto, e fazer com que os restantes se sintam ignorados.

 

  1. O que deve evitar dizer ou fazer
  • Evite dizer à audiência que está nervoso, se sente intimidado ou que não está preparado para falar sobre o tema. Tal, promove a desconfiança e retira-lhe a credibilidade, fazendo com que a audiência procure sinais de fraqueza no seu discurso.
  • Evite também tocar constantemente no rosto ou no cabelo, pois denota nervosismo.
  • Evite cruzar os braços e as pernas, colocar as mãos nos bolsos ou mantê-las fechadas à frente em posição de concha (posição de quem está a proteger-se), pois vai passar uma imagem de insegurança e vulnerabilidade.
  • Seja expressivo, mas sem exageros, ou seja, não gesticule demasiado com as mãos ou mostre demasiado entusiasmo, pois pode levar as pessoas a pensar que está a representar e não é genuíno. O rosto deve contar a mesma história que as suas palavras.
  • Evite dizer “não comento”, “isso não é comigo” ou “não sei”. O público vai pensar que está a fugir às questões ou, pior ainda, que é ignorante e incompetente.
  • E não se esqueça de desligar ou tirar o som do telemóvel, pois seria um motivo de distração e um péssimo exemplo.

 

  1. Tenha em conta a audiência, o tema e o local da apresentação

Na hora de escolher o que vai vestir ou que tipo de apresentação vai fazer, ao nível do tom e do conteúdo, analise a sua audiência (para quem vou falar), o restante painel de oradores (com quem vou partilhar a apresentação), o tema a abordar (mensagem e objetivos) e o local do evento (formal ou informal). É diferente falar para uma plateia de executivos, num imponente edifício empresarial ou hotel 5 estrelas, do que falar numa livraria ou numa universidade para estudantes.

 

  1. Praticar, praticar, praticar…

O seu objetivo é tornar-se um comunicador eficaz e, para isso, o melhor conselho é mesmo praticar. As competências comunicacionais são muitas vezes tomadas por garantidas, porque como comunicamos todos os dias há pessoas que têm a ideia de que falar em público é simples. Até pisarem um palco. Aí tudo se torna mais complicado e as palavras demoram a sair, a movimentação torna-se ilógica e a apresentação pode tornar-se um insucesso. Mesmo os atletas que são campeões e que conseguem destacar-se constantemente com vários prémios praticam todos os dias. Falar em público também exige uma preparação rigorosa.

 

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Escrito por

Fátima Gonçalves

Licenciada em Psicologia pelo ISPA (pré-Bolonha). Mestrado Integrado em Psicologia (pós-Bolonha).Consultora Gestora de Projetos nas áreas de Desenvolvimento Pessoal; Comunicação e Técnicas de Expressão; Liderança e Desenvolvimento de equipas; Responsável pela área de Formação Pedagógica de Formadores. Certificação em Coaching pela Escola Europeia de Coaching (programa homologado pela ICF);Formadora Certificada para produtos FranklinCovey;Certified Executive Coach pela FranklinCovey/Columbia University Executive – Coach Certification Program (Salt Lake City – EUA).
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