A importância da motivação nas equipas
A motivação nas equipas muito tem sido debatida e estudada, no sentido de se tentar encontrar a fórmula mágica, que todos os alquimistas na área da gestão de pessoas ou de recursos humanos pudessem aplicar de forma completamente eficaz… e fomentar a performance nas equipas.
Esta preocupação nasce com a Revolução Industrial, no século XVIII, associada ao aparecimento da máquina a vapor, com a passagem da produção artesanal para a produção fabril, e o surgimento da necessidade de gerir os recursos humanos. Logo apareceram grandes estudiosos da matéria, que dividiram o trabalho manual, do trabalho intelectual, criando o que conhecemos hoje como a Produção Taylorista-Fordista.
No século XIX, surge a energia elétrica, potenciando a Segunda Revolução Industrial, aumentando a cadência e as possibilidades na automação e na produção em massa.
As pessoas eram autênticas extensões das máquinas, especializados numa única tarefa, que repetiam ao longo de toda a sua vida e sempre em vista ao aumento da produtividade. Dentro da evolução nas teorias administrativas da gestão, tardou a passagem da teoria clássica à teoria das relações, em que pela primeira vez Elton Mayo e Abraham Maslow se preocuparam com as pessoas e as suas necessidades.
No final do Século XX, a Terceira Revolução Industrial traz ao nosso dia a dia, informática e as comunicações a uma sociedade dita do conhecimento. A globalização e estas tecnologias, criaram grandes expectativas quanto ao futuro das relações laborais e à melhoria das condições de trabalho. Estudaram-se modelos de competências, novos modelos de Liderança, modelos de trabalho flexível e reinventaram-se algumas profissões.
Ainda assim, no que tange à motivação, nada de inovador, salvo que a motivação é intrínseca e não a iremos fazer perdurar no tempo com estímulos externos. Aumentou o nosso grau de responsabilidade pessoal e interpessoal, enquanto líderes.
Hoje, agora, há 2 minutos, quando iniciou a leitura deste artigo, desenrola-se a Revolução 4.0, a quarta, que introduz a Inteligência Artificial, a fusão das tecnologias, a interação dos domínios físicos, digitais e biológicos. Sistemas e máquinas inteligentes, atiram-nos para as competências mais transversais e mais distintas do ser humano: as competências da Inteligência Emocional de Daniel Goleman. Este autor, psicólogo e cientista explora os conhecimentos mais recentes em neurociências, para justificar a importância da EMOÇÃO e do nosso QIE (Quociente Inteligência Emocional).
Mais recentemente, também na área da gestão, Paul Hersey e Kenneth Blanchard foram os responsáveis por desenvolver a liderança situacional. Para isso, levaram em consideração o nível de maturidade das equipas para definir o comportamento ideal do líder, perante cada situação. A Liderança Situacional obriga-nos a ser líderes empáticos e mutáveis, adaptados a liderar e motivar as pessoas em todo o tipo de situações, mesmo em situações de crise. Somos, como disse Gandhi, o princípio da mudança que queremos ver acontecer.
Então a minha experiência, de mais de duas décadas, na gestão de pessoas, diz-me que as duas melhores ferramentas de motivação são a COMUNICAÇÃO e a VISÃO.
Se conhecermos bem o outro, nos preocuparmos com o outro e anteciparmos a suas expectativas, conseguimos o reconhecermos, o incentivo e em conjunto, a antecipação do futuro sustentável de todos.
Questões de reflexão:
- Sabe os nomes de todos os seus colaboradores?
- Sabe como estão?
- Como se sentem?
- Quais os seus anseios?
- Quais as suas motivações?
- Quais os seus sonhos?...