Uma das questões clássicas na Gestão de Pessoas é a seguinte: “O que é isso de ser um “bom líder”?...”. Será possível dar uma resposta universal e inquestionável? Creio que não.
Um bom líder é…
Em primeiro lugar porque um “bom líder” numa cultura ocidental, por exemplo, poderá não ter o mesmo reconhecimento num qualquer outro “ambiente” cultural (…e aqui começamos a perceber que, eventualmente, uma das características necessárias para se ser considerado um “bom líder” passará pela capacidade de adaptação a diferentes contextos socioculturais numa Economia que está cada vez mais globalizada…).
Em segundo lugar porque poderão alguns considerar que um “bom líder” é aquele que atinge resultados – mas deixar atrás de si um tal “rasto” de “destruição” que faça “outros” considerarem-no uma mera reencarnação de Átila, o Huno, num contexto empresarial.
Contudo… podemos encontrar um determinado “perfil” se insistirmos em obter resposta à nossa pergunta:
“Afinal, o que é isso de ser um “bom líder”?...
Tentemos refletir durante alguns minutos em conjunto… Esqueça o mundo “lá fora” e concentre-se apenas nesta questão.
Recorde-se das diferentes “chefias” que teve ao longo da sua vida profissional…
- Que “traços” marcantes ficaram de cada uma delas?...
- O que lhe “ensinaram”?...
- Quais as que partilharam Conhecimento consigo?...
- Que desafios lhe colocaram e que lhe permitiram “crescer” profissionalmente?... Sentiu-se sempre respeitado enquanto Pessoa ou tratado como mero “recurso”?...
- As suas sugestões foram ouvidas?...
- Os sucessos foram partilhados por toda a equipa ou a “chefia” apropriava-se deles?... Havia espaço para os afetos sem descurar os resultados?...
- Eram recompensados os desempenhos ou punidas as “personalidades”?...
- Havia um sentimento de equidade na forma como todos os elementos da equipa eram tratados?...
- De quais tem saudades e quais as que desejaria nunca ter conhecido?... E porquê?...
Poderá colocar muitas outras questões, obviamente. Mas o “caminho” a percorrer será o mesmo. E, no final, certamente, conseguirá identificar quem foram os mais competentes (porque trabalharam e atingiram resultados, para toda a organização, COM as pessoas), os mais justos (porque nunca confundiram simpatias pessoais com avaliação do trabalho efetivamente feito por cada qual), os que mais se preocuparam com o futuro (desenvolvendo novas lideranças sem receio de serem ultrapassados), os que não viraram a cara às dificuldades (mas nunca confundiram processos de “downsizing” com “ajustes de contas”).
Neste momento estou certo que irá encontrar a resposta à pergunta que ficou lá em cima, no título…
Consulte a área de Liderança no site da Cegoc.