Numa era de desenvolvimento tecnológico sem precedentes dominada pela automação e a inteligência artificial, cresce nas organizações a necessidade exponencial de encontrar pessoas cada vez mais ágeis, rápidas e eficazes. Pessoas capazes de operar com conforto na Revolução Digital em curso, que dominem não só as novas linguagens digitais emergentes, mas – e mais importante do que isso, que garantam um conjunto de soft skills sociais, emocionais e comportamentais determinantes para acelerar a performance, a competitividade e o sucesso individual e das suas equipas.
De forma a descobrir junto dos Diretores de Recursos Humanos e L&D quais os principais desafios, expectativas e práticas ao nível da formação profissional e do apoio ao Re-skilling e Up-skilling dos seus colaboradores, o Grupo CEGOS – líder internacional no desenvolvimento da transformação de pessoas nas organizações e do qual a CEGOC faz parte – conduziu o estudo europeu “Transformations, Skills and L&D: how to address the future?”. Uma das principais conclusões desta pesquisa foi a de que na “era das máquinas”, serão as soft skills genuinamente humanas as mais procuradas e valorizadas pelas empresas nos próximos anos.
Eis as 7 principais áreas de competência identificadas:
1 – Colaboração remota
Nas organizações cada vez mais conectadas em rede, as equipas são multifacetadas, ágeis e multiculturais. Este novo paradigma exige fortes competências interpessoais, proficiência na utilização de ferramentas de colaboração à distância, domínio de várias línguas e awareness ao nível das especificidades multiculturais.
2 – Comunicação digital
A “alfabetização digital” requer muito mais do que o domínio de ferramentas e novos meios de comunicação. Envolve competências tão complementares como procurar, filtrar e sistematizar informação de forma crítica ou desenvolver conteúdos com valor acrescentado e adaptados a diferentes formatos multimédia.
3 – Agilidade e adaptabilidade
Em ambiente de aceleração tecnológica e volatilidade dos mercados, a agilidade e a capacidade de liderar a mudança são fatores-chave de sucesso. Isto implica desenvolver uma grande tolerância à incerteza e às novas ideias, adquirir conhecimentos multidisciplinares e incrementar a reinvenção contínua.
4 – Criatividade e sentido de inovação
A criatividade é a capacidade de trazer novas perspetivas às situações e implica estar aberto a novas soluções e experiências. Pode ser fomentada através do domínio de ferramentas que estimulem a criatividade individual ou coletiva e em ambiente que favoreça a criação e o desenvolvimento de novas ideias.
5 – Espírito de iniciativa e empreendedorismo
A liberdade para empreender, tanto dentro como fora das organizações, nunca foi tão grande como agora. Porém, esta capacidade de transformar ideias em ações requer grande motivação, entusiasmo e forte capacidade de assumir riscos e gerir projetos com o objetivo de alcançar as metas propostas.
6 – Organização eficaz do trabalho
Fatores como o excesso de informação, as distrações e a variedade de projetos a realizar em simultâneo obrigam-nos a ser extremamente produtivos e eficazes em contexto de trabalho. Torna-se, pois, fundamental aplicar as melhores práticas na gestão do tempo e definição de prioridades, fazer uma boa gestão do ambiente de trabalho e automatizar e/ou simplificar o máximo as tarefas de rotina.
7 – (Re)aprender a aprender
Idealmente, todos deveríamos alocar pelo menos 20% do nosso tempo de trabalho ao desenvolvimento de competências, de forma a garantirmos a nossa empregabilidade face ao atual e exigente mercado de trabalho. Para isso, é necessário desenvolver nos colaboradores uma cultura de aprendizagem personalizada e conceber uma estratégia de (trans)formação dentro do ecossistema e da organização onde se inserem.
De forma a desenvolver, treinar e implementar estas e outras competências transversais, a CEGOC lançou a abordagem 4REAL® (Real Efficient Adapted Learning).
Graças aos programas de aquisição de competências personalizados, cada participante adquire e aplica novas skills técnicas e comportamentais diretamente no contexto real de trabalho, ao seu ritmo, através da partilha de experiências entre pares e envolvendo a sua chefia direta ao longo de todo o percurso de aprendizagem. Uma abordagem que combina eficácia, flexibilidade, recursos digitais e inovação, e que tem como principal foco apoiar as organizações na qualificação, preparação e transformação das suas pessoas para uma plena integração na Economia 4.0… e no mercado de trabalho do futuro.
* Este artigo foi originalmente publicado na revista Líder.
Para saber mais sobre o tema deste artigo, faça o download do handbook “Future of Soft Skills”O documento traça um retrato das mudanças que ocorrem hoje no mercado do trabalho e lança principais pistas e ferramentas para que as organizações acelerem o ritmo de desenvolvimento das competências das suas equipas em contexto digital.