Desde o lançamento do ChatGPT no final de 2022, a utilização de Inteligência Artificial (IA) em contextos profissionais aumentou significativamente. Embora a IA já estivesse presente em ferramentas como o Google Translate há vários anos, a sua adoção nas mais diversas indústrias disparou recentemente.

Um estudo internacional de 2024 da McKinsey & Company, revelou que 65% das organizações utilizavam regularmente IA generativa em pelo menos uma área do seu negócio, quase o dobro do valor registado em relação ao ano anterior.
De mesma forma, um relatório da AIPRM indicou que 75% dos colaboradores inquiridos já utilizavam IA no local de trabalho, sendo que quase metade (46%) a adotou nos últimos seis meses.
Desde o aumento da produtividade e eficiência até à possibilidade de criar designs de forma rápida e sofisticada, a IA está a transformar a forma como trabalhamos. As organizações estão a abraçar esta tecnologia de forma estratégica, não só pelo seu valor, mas também porque não podem permitir-se ficar para trás.
Desafios para as equipas
Um dos maiores desafios que as empresas enfrentam é o nível de maturidade digital das suas equipas. Alguns colaboradores já estão muito familiarizadas com esta tecnologia e sabem aplicá-la ao seu trabalho. Outras desconhecem o verdadeiro potencial da IA e podem ter receio de a adotar, especialmente se acreditarem que pode colocar os seus empregos em risco.
As organizações devem encontrar formas de aplicar ferramentas de IA de maneira alinhada com os objetivos estratégicos e que, efetivamente, ajudem os colaboradores a trabalhar de forma mais rápida ou eficaz.
O Grupo Cegos tem apoiado várias organizações na implementação de programas de formação em IA, com impacto real nos seus resultados. Eis três exemplos práticos que demonstram o impacto dessas formações.
Priorizar segurança e proteção de dados
A Unédic é uma associação conjunta de direito privado que reúne representantes dos colaboradores e dos empregadores. A sua missão é gerir o Seguro de Desemprego, protegendo os percursos profissionais com base na realidade do mercado de trabalho e tendo em consideração as necessidades dos empregadores. A gestão da Unédic queria familiarizar as equipas com ferramentas de IA, com especial enfoque na utilização segura e responsável da tecnologia.
Os colaboradores participaram num webinar sobre consciencialização para a IA, , que lhes proporcionou competências essenciais para compreender este novo cenário. Esta sessão interativa desmistificou conceitos-chave, desde o machine learning até à IA generativa.
A segurança e a ética foram temas centrais, abordando preocupações críticas como viés algorítmico, proteção de dados, riscos de cibersegurança e desinformação. Os participantes aprenderam a avaliar criticamente conteúdos gerados por IA, garantindo precisão e conformidade com o RGPD, bem como responsabilidade no uso da tecnologia.
Através da análise de casos práticos e discussões interativas, os colaboradores da Unédic ganharam confiança para integrar a IA de forma responsável no seu dia a dia, melhorando a eficiência sem comprometer a segurança. O webinar permitiu desenvolver uma equipa mais informada e consciente dos riscos da IA.

Usar IA para impulsionar a inovação
A SoftFil, uma empresa especializada em medicina estética, procurava integrar IA generativa nas suas operações diárias e, para isso, estabeleceu uma parceria com o Grupo Cegos para apoiar os colaboradores na otimização de processos e na melhoria da eficiência.
Através de um programa de formação personalizado, as equipas aprofundaram conhecimentos sobre os fundamentos da IA, as suas aplicações práticas e as melhores práticas para uma utilização segura e ética da tecnologia no contexto médico.
A formação destacou a importância de uma adoção responsável da IA e a mitigação de viés algoritmico, proporcionando também exercícios práticos com ferramentas de IA. Os colaboradores aprenderam técnicas de engenharia de prompts para otimizar interações com a tecnologia e melhorar a automação de processos.
A integração de metodologias de design thinking ajudou as equipas a identificar os casos de uso mais relevantes para o seu negócio.
Como resultado, dois terços dos departamentos da SoftFil implementaram com sucesso baseadas em IA, reduzindo significativamente tarefas repetitivas e melhorando a produtividade.
Ao combinar conhecimento teórico com experimentação prática, esta iniciativa capacitou os colaboradores para exploratem o potencial da IA, promovendo uma cultura de inovação e agilidade.
Potenciar a criatividade e a eficiência
O Grupo Cegos formou a equipa do estúdio gráfico de uma empresa líder no setor do entretenimento para utilizar ferramentas de IA generativa, com o objetivo de melhorar a criação de conteúdos e de uma maior eficiência em marketing. A iniciativa visava explorar de que forma a IA poderia agilizar a produção visual e de vídeo, melhorar a gestão de projetos e potenciar a criatividade.
Durante a formação, os colaboradores tiveram contacto direto com ferramentas de IA como Leonardo, DALL·E, Canva e Runway, permitindo-lhes gerar imagens e vídeos de alta qualidade de forma rápida. O uso responsável da IA foi um dos focos principais, garantindo que os participantes compreendiam os riscos de distorção dos algoritmos, preocupações com cibersegurança e implicações éticas.
Com a integração da IA nos seus processos de trabalho, a equipa criativa conseguiu reduzir o tempo de produção, impulsionar a inovação assegurar a qualidade dos conteúdos produzidos.
O programa de formação em IA do Grupo Cegos faz parte de um compromisso mais amplo com a inovação e o desenvolvimento profissional. Através dos seus programas especializados em IA, os colaboradores podem adquirir conhecimentos fundamentais, aumentar a produtividade, integrar a IA nas suas funções e desenvolver competências técnicas para projetos impulsionados por esta tecnologia.
Para saber mais, entre em contacto connosco.