Liderança e Neurociência
Quais os contributos da neurociência para a liderança e gestão de pessoas? A neurociência acrescenta valor na compreensão da estrutura e organização funcional do sistema nervoso e a relação do mesmo com o comportamento humano – trazendo, portanto, implicações significativas na gestão de recursos humanos.
Ser líder é muito mais do que levar um grupo de pessoas a atingir um determinado objetivo. Implica, para além da vertente racional implícita na gestão de pessoas, a compreensão e otimização dos seus fatores emocionais.
Contrariamente a paradigmas do passado nos quais a liderança estava intimamente associada à repressão, hoje em dia a liderança assenta em conceitos como liberdade, incentivo e motivação em prol de uma dinâmica interativa positiva e consequentemente, construtiva.
A neurociência assumiu um papel importantíssimo nesta mudança de perspetiva, ao proporcionar a compreensão da estrutura e organização funcional do sistema nervoso e a relação do mesmo com o comportamento humano – trazendo, portanto, implicações significativas na gestão de recursos humanos.
Em prol da sua sustentabilidade e sucesso, as organizações precisam encontrar formas de energizar as pessoas, de modo a que elas, para além das suas capacidades, ponham também no trabalho, a sua paixão e iniciativa.
Contribuição da neurociência na liderança e gestão de recursos humanos
A principal contribuição da neurociência na gestão de recursos humanos passou por considerar os elementos da equipa de trabalho como pessoas e não recursos, passando a valorizá-las com base em aptidões humanas. Isto resulta numa dinâmica propícia ao bem-estar comum e, consequentemente, ao aperfeiçoamento do desempenho.
Para ser um líder do futuro, a Neurociência tem uma influência fundamental. Trata-se de uma ciência relativamente nova, iniciada no final do século XIX, que realiza o estudo do desenvolvimento, química, estrutura, função e patologia do sistema nervoso (Bazzi, 2010), das suas composições moleculares e bioquímicas, e principalmente das diferentes manifestações do cérebro, através das nossas atividades intelectuais, tais como a linguagem, o reconhecimento das formas, a resolução de problemas e a preparação das ações.
Neuroliderança
A combinação de ciência e liderança foi designada Neuroliderança por David Rock em 2006, e define-se como “a combinação de princípios do funcionamento do cérebro, fruto de pesquisas neurocientíficas com as áreas de desenvolvimento de líderes, formação de gestão, change management, educação, consultoria e coaching, entre outras. O foco dessa pesquisa concentra-se em quatro grandes aspetos da prática da liderança:
- Tomada de decisão e solução de problemas
- Domínio emocional, especialmente quando sob pressão
- Colaboração e trabalho em equipa
- Promoção da mudança positiva
Toda esta matéria é da maior importância uma vez que quanto mais profunda e alargada for a compreensão do funcionamento do cérebro – maior será a nossa capacidade da sua utilização em processos como comunicação, motivação, gestão da mudança, desenvolvimento de talentos, maximização da performance, resolução de problemas, tomada de decisão, gestão de conflitos e negociação, influência e persuasão.
Daremos continuidade a esta temática num próximo artigo.
Para mais informação consulte a oferta da CEGOC ao nível da Liderança.