Dar os parabéns, reformular, dar feedback, delegar tarefas ... todos os atos de gestão "clássicos" falam de métodos, ferramentas que explicam qual é o objetivo, como FAZER, por que fazer, mas raramente como SER.
Cada passo do relacionamento é um enigma, uma experiência mais ou menos fácil para cada líder. Este enigma assume ainda mais importância quando o líder enfrenta situações delicadas: um colaborador que expressa a sua insatisfação ou raiva, uma crítica...
Propomos uma analogia com as técnicas de stretching como forma de progresso. Com o objetivo de permitir que tome em consideração essas situações novas e conflituosas e que possamos aprender e avançar no relacionamento, é necessário entender:
- porque o meu colaborador é importante;
- racionalmente, quanto mais saudável for o relacionamento mais trabalhamos em confiança e potencialmente em excelência
- porque é importante proceder a exercícios de desenvolvimento mútuo, havendo essa demonstração de interesse
1º passo: a presença
Estou aqui com o meu colaborador, aqui e agora.
2º passo: o estado de espírito
Tenho curiosidade sobre a visão de mundo do meu colaborador. Além do verdadeiro, do direito, do bem, desejo explorar a sua visão das coisas, a sua perceção da realidade. Encontraremos uma maneira de nos dar bem. Seja qual for o discurso dele, devo ouvir algo que não é questionável em si mesmo.
3º passo: as regras do jogo
Será ótimo "falar a verdade" e falar do seu ponto de vista sem acusar o outro.
4º passo: Empatia
Coloco-me no lugar do colaborador e entendo melhor o que ele pode sentir neste momento.
5º passo: Reformulação
Quando surge uma discussão, é importante parar e perceber se ouvimos tudo o que é necessário. É importante solicitar a correção ou a adição de aspetos que possam contribuir para a otimização do processo.
6º passo: significado
Expressar o que faz sentido no final da discussão. Validar a compreensão e a perceção do meu interlocutor.
7º passo: solicitações
É importante ouvir o colaborador e colocar-se na sua posição. Não é só andar à procura de soluções, nem o compromisso de serem implementadas. Por vezes basta ser “verdadeiro” e marcar presença, ouvindo.
8º passo: continuar...
Por vezes chegamos a ações concretas, outras vezes não ... pensamos nisso, vamos passo a passo, deixamos passar o tempo e esperamos para ver o que acontece.
Autora:Marion Rigaud (Consultora)
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