Decoding the Future of Learning: Post Lockdown

O Grupo CEGOS apresentou as principais conclusões do estudo realizado internacionalmente, “Decoding the Future of Learning: Post Lockdown”. Realizado em Portugal, Espanha, Itália e Inglaterra, contou com 800 participantes das áreas dos RH e Formação. O objetivo? Aferir as motivações das empresas no que diz respeito à sua estratégia formativa junto dos seus quadros, perante a complexidade do contexto em que vivemos.

Uma das conclusões a merecer especial atenção aponta para que 91% das empresas continua a considerar a Formação como uma estratégica para o desenvolvimento e sucesso da empresa e capital humano. Isso significa que está no seu horizonte continuar a alocar parte do Orçamento da organização para esta área, nos pós confinamento.

Os países que demonstraram maior propensão para adotar este comportamento foram Espanha e Portugal, com 65% e 56%, respetivamente, cujas empresas afirmaram que que iriam alocar orçamento para outras áreas necessárias para potenciar o seu negócio, no entanto não iriam interromper programas que considerassem essenciais.

Mas quase um terço de todos os inquiridos (31%) assegura, mesmo, que irá aumentar o investimento em Formação, com ênfase para as empresas britânicas, com 38% de respostas nesse sentido. Os organizações portuguesas ficaram muito perto desse valor, acima da média do estudo, com 36% de respostas a assegurar incremento orçamental para Formação.

Conheça as respostas dos outros países no gráfico abaixo:

E ao nível do formato, como serão organizadas estas Formações?

Entre as 800 respostas que o estudo engloba, 2020 parece ser o ano em que o Digital veio para se instalar, definitivamente. Os números indicam que este ano cerca de 59% das empresas adotou exclusivamente a formação digital para os seus colaboradores. Dado natural, dados os constrangimentos que vivemos. Contudo, e se as previsões apontam para a diminuição do exclusivo digital no próximo (apenas 30% de respostas nesse sentido), em 2021 espera-se que se dê lugar a uma abordagem blended (55%). A componente humana é ainda muito importante, mas começa a rarear a propensão par a sua exclusividade – os 16% registados valem mais que 1000 palavras.

Podemos então assumir que nos últimos meses as empresas aprenderam a valorizar o digital e que não pretendem abandoná-lo. E no que diz respeito às características das formações, quais as escolhidas durante o confinamento? Curioso? Ora, e embora não exista um elevado número de empresas e decisores empresariais definitivamente conquistado com as soluções digitais (não mais de 27% estão muito satisfeitos, tanto com os Webinares, como com as Virtual Classrooms organizados). De um modo geral assumem-se satisfeitos com a tecnologia ao seu dispor, seja os já referidos Webinars e Virtual Classrooms, seja também o e-Learning ou os vídeos e podcasts, com resultados sempre acima dos 60%. No entanto, cuidado com os vídeos e podcasts, pois 17% dos inquiridos ainda desconfiam do formato e assumem-se insatisfeitos com os resultados obtidos no decorrer das suas formações.

No fundo, falamos de inovações, recentemente adotadas, e num curtíssimo espaço de tempo, sem que grande parte das empresas previsse ou estivesse preparada para tal. Ou seja, e embora haja um grande caminho a percorrer, percebe-se a aceitação do Digital e a sua inevitável evolução interna.

Outra conclusão deste estudo é que, e ao nível dos conteúdos programáticos das formações, as Soft Skills encontram-se na linha da frente. É sabido que nos próximos 3 a 5 anos, entre 40% e 42% das competências correm o risco de se tornarem obsoletas. É então fundamental potenciar não só os hard skills, como também as soft skills.

Os resultados deste estudo indicam então que 57% das empresas inquiridas pretendem atualizar ou desenvolver soft skills ligados à gestão e desenvolvimento pessoal. Dos quatro países inquiridos Itália destaca-se com 78%, seguindo-se Espanha e Reino Unido com 61% e 50% respetivamente.

Neste caso, Portugal surge em último com 38%. Aliás, o nosso país parece ser o mais reticente quanto ao desenvolvimento ou reciclagem de competências, em todos os casos abaixo da média dos quatro países analisados (seja na atualização dos hard skills, seja na atualização de competências face à pandemia).

Em tom de resumo, e para todos os países, podemos concluir que a incerteza destes tempos leva a uma orientação que indica uma formação exclusivamente digital (67%). Facto que se deve, quer à necessidade de reduzir o orçamento destinado à formação (29%), quer ao evitar de comportamentos que possam aumentar o risco de contágio. A escolha do Smart Working, um recurso que apoia os formandos nos vários processos remotos que levam a cabo, foi apontada como uma prioridade para 2021 por mais de 38% dos profissionais de L&D inquiridos.

Mas, atenção, a Formação presencial perde terreno, mas não é ainda uma espécie em vias de extinção, como se verifica num total de 45% dos inquiridos a assegurar que pretende reiniciar este formato assim que possível. Provavelmente, num formato blended, como acima referido e que merece crescente aceitação.

As conclusões que ditam as tendências para os recursos humanos e formação, em Portugal e noutros países da europa não se ficam por aqui, há muito mais para partilhar consigo, por isso convidamo-lo a conhecer em maior profundidade o estudo “DECODING THE FUTURE OF LEARNING: POST LOCKDOWN”.

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